sexta-feira, 24 de julho de 2009

Na estrada de Damasco


Retiro de Doentes em fátima (13-Junho-2009)


“Fui alcançado, agarrado, apanhado por Cristo” (Fl. 3, 12)
“Cristo nunca falha. Se da nossa parte houver correspondência, somos casa fundada sobre rocha inabalável” (Mt. 7, 24-25).
Agora eu é que corro atrás dele para O alcançar” (Fl. 3, 12)
“Um Religioso perguntou ao seu abade: “Por que motivo algumas pessoas consagradas, depois de terem seguido a Cristo durante anos, acabam por desistir?”
O velho mestre respondeu: “ já reparas-te no que sucede quando um cão de caça avista uma lebre? Desata a ladrar e a correr e os outros cães, ao ouvi-lo, fazem outro tanto em perseguição da lebre. Esta, porém, troca-lhes as voltas, esconde-se e perdem-na de vista: então cansam-se, ficam para trás, põem-se a brigar uns com os outros, e desistem. Só os que vêem a lebre continuam a persegui-la até a apanhar. O mesmo se passa com os seguidores de Cristo, só os que mantêm o olhar fixo nele é que não deixam de “correr” e de “ladrar”, ou seja, de pular atrás dele com alegria e O seguem até ao fim.” (Fonte: Abílio Pina Ribeiro (Claretiano), Correr para a Meta (Fl. 3, 4-14), Bíblica, Janeiro – Fevereiro 2009, nº 32, p. 31)

SOFRIMENTO ?





Angiolino Bonetta

“A doença revelada pelo exame bioscópico – confirmam-no mais tarde os médicos com bem diferente delicadeza – é um sarcoma ósseo, um cancro maligno incurável.” (p. 13)

“Porquê entristecer-se com o sofrimento? Junto a cada cruz está a Imaculada! … “No reino do amor não há planícies: ou se desce ou se sobe!” … “Não te deves contentar com o que és, procura sempre ser melhor. O não aspirar aos cumes significa voltar ao fundo do vale!” (p. 19)

“Até agora eu pedi a cura. A partir deste momento pedirei somente a graça de fazer-me santo!” (p. 27)

“Eu Angiolino Bonetta, na presença da Santíssima Trindade, sob o olhar da Imaculada e de S. José Seu fiel Esposo e diante dos Santos Patronos o Arcanjo S. Miguel e os Santos Bernardo e Bernardette, pronuncio por um ano os votos de castidade, pobreza e obediência, segundo o Estatuto dos Silenciosos Operários da Cruz, consagrando-me inteiramente à Virgem Imaculada com o propósito de atingir a minha santificação mediante a valorização do sofrimento.
Prometo, além disso, empenhar-me com todas as minhas forças, na difusão das mensagens dirigidas à humanidade pela Virgem bendita em Lourdes e em Fátima. Ajude-me a Senhora, medianeira de todas as graças, a realizar fielmente o meu programa para a maior glória de Deus, para a Sua honra, para a minha santificação”. (p. 29)

“Agora sei tudo. Mons. Novarese explicou-me todas as coisas sobre a minha doença. Mas estou tranquilo. Estou feliz. Agora pertenço aos Silenciosos Operários da Cruz. Sou todo de Nossa Senhora: da cabeça aos pés!” (p. 30)

“Eu sabia quando ele sofria tanto – diz a mãe – porque (até se calava e procurava escondê-lo) ficava com pele de galinha. Então eu dizia-lhe: “Angiolino, dá-te uma injecção!”. Tinha aprendido sozinho a dar-se as injecções de morfina. Mas ele respondia: “Esperemos algum tempo, mãe. Posso ainda oferecer alguma coisa pelos pecadores. E depois os médicos recomendaram-me para não me habituar demasiado à morfina”. (p. 33)

“Fiz um pacto com Nossa Senhora. Quando for a hora… virá ela buscar-me! Pedi-lhe para passar o purgatório neste mundo, não no outro. Quando morrer voarei imediatamente para o Paraíso!”. (p. 36)

Hoje, sobre a lápide branca do lóculo onde jaz, em caracteres azuis – a cor do Céu – está escrito simplesmente: “Angiolino Bonetta – 18-9-1948 / 28-1-1963 – Silencioso Operário da Cruz – alegremente sofri – para reparar os pecados – e salvar almas”. (p. 37)

A sua causa de Beatificação está confiada ao Pe. Luca De Rosa, Postulador da Ordine dei Frati Minori, e tem já o nada-obsta do Arcebispo de Bréscia, Mons. Bruno Foresti. (p. 38)

Moscone, Felice, 1996. Angiolino Bonetta “Sou todo de Nossa Senhora: da cabeça aos pés!”, Silenziosi Operai della Croce, Tipografia: Instituto Salesiano Pio XI, Roma. (www.chiesacattolica.it/cvs)


SÃO JOSÉ


Como sois imenso na doação, no cumprimento e no acolhimento da vontade de Deus. Que Santo exemplo, que caminho magnífico meu querido São José. Tão pouco se fala de vós, como sois o pai nutrício / adoptivo de Deus – Filho. Como viveste, amaste e acolheste O Cristo Jesus, que veio até nós. Que imagem de Pai, que amor pelo vosso Filho de Deus, porque aceitas-te o cumprimento da vontade do Pai, aceitas-te a castidade e a virgindade, a entrega de vida, para que Deus – Filho viesse viver entre nós, na vossa e nossa casa, para que se cumprisse o plano Salvador de Deus – Amor para nós.
Peço-vos meu doce São José, que me ajudeis e nos ajudeis, a seguirmos o vosso exemplo de acolhimento a Cristo na nossa vida, para que O aceitemos e com Ele vivamos para Deus e em Deus.
Como o mundo precisa de olhar para vós e ver o vosso exemplo de graça, de entrega e abandono nas mãos de Deus.
Amigo e meu pai São José, peço-vos que intercedas a Deus Nosso Pai por mim e por todos nós, para que aceitemos o trabalho digno e humilde de construirmos um mundo melhor, através do nosso empenho e exemplo de instrumentos nas mãos de Deus.
São José intercedei por nós junto de Cristo, para que não nos falte o trabalho (emprego) digno, que nos ajuda na construção de um mundo melhor, para ganharmos o pão de cada dia com a graça de Deus e colaborarmos na construção de um mundo mais humano e alegre.
Amigo São José, que acolheste a Virgem Maria mãe de Cristo. Acolhes-te e dedicaste-vos com todo o amor à vossa família. Peço-vos pela minha família e por todas as famílias, para que sigam o vosso exemplo de união à vontade de Deus – Pai, para que acolham os filhos que Deus lhe enviar, como vós acolhes-te o Filho de Deus, para que a minha família e todas as famílias acolham e sigam a vontade de Deus – Pai de Amor imenso, deixando-se guiar e conduzir pelo Divino Espírito Santo, que tudo faz para que vivamos alegres e tenhamos vida verdadeira.
Dou-vos graças e bendigo-vos querido pai São José, fazei com que sigamos o vosso exemplo.

Segredo de Fátima




quarta-feira, 1 de julho de 2009

PENSAMENTOS DE SÃO BOAVENTURA







PENSAMENTOS DE SÃO BOAVENTURA
Fonte: http://coracaomistico.blogspot.com/2007/12/so-boaventura.html (26-Mar-2009)

"A abundância dos bens temporais é um impecilho para a alma, impedindo-a de voar para Deus".

"Mais segura e humilde está a alma no ouvido do que na língua".

"A ciência que por amor da virtude se despreza, pela virtude se adquire melhor".

"Se eu nada mais puder fazer, meu Jesus, procurarei vossas chagas e aí permanecerei".

"Se quereis progredir no amor de Deus, meditai todos os dias na paixão do Senhor".

"Interroga a graça, não a doutrina; o desejo, não o intelecto; o gemido da oração, não o estudo do que vê; o esposo, não o mestre; Deus, não o homem; a fuligem não a clareza; não a luz, mas aquele fogo que tudo penetra com sua chama e reporta a Deus com excessivas unções e com ardentíssimos afectos".

"A Missa é a obra na qual Deus coloca sob os nossos olhos todo o amor que ele nos teve: é de certo modo, a síntese de todos os benefícios que ele nos fez".

"Ó Jesus, trespassaram vosso lado para nos abrir uma porta; feriram vosso coração para nos abrir nessa sagrada vinha, um asilo seguro de toda perturbação externa".

"Não basta a leitura sem a unção, não basta a especulação sem a devoção, não basta a pesquisa sem maravilhar-se; não basta a circunspecção sem o júbilo, o trabalho sem a piedade, a ciência sem a caridade, a inteligência sem a humildade, o estudo sem a graça".

"Cada sacerdote no altar deveria ser inteiramente identificado com Nossa Senhora, porque como por meio dela é que nos foi dado este Santíssimo Corpo, assim é pelas mãos dela que Ele deve ser oferecido a nós".

"Todas as coisas criadas são sombras, ecos, imagens ou semelhanças de Deus, que é a Causa Primeira de todas as coisas"

"Já que toda a natureza divina esteve nas entranhas da Santíssima Virgem, não duvido dizer que em toda distribuição de graças tem certa jurisdição essa Virgem, de cujas entranhas como de um oceano da divindade, emanam os rios de todas as graças"

"Pela oração se obtém todos os bens e a libertação de todos os males".

"Assim como o rei julgaria traidor o capitão, que sitiado em uma praça, não lhe pedisse socorro, assim Deus considera traidor aquele que, vendo-se assaltado pelas tentações, a Ele não recorresse pedindo auxílio".

"É pobre quando nasce, mais pobre durante a vida, pobre em extremo quando morre sobre a cruz".

"Morramos, pois, e entremos nas trevas; imponhamos silêncio às solicitudes, às concupiscências aos fantasmas; passemos com Cristo crucificado deste mundo ao Pai".

"Segundo os seis graus da ascenção a Deus, são as seis potências da alma, pelas quais ascendemos do último ao sumo, do exterior ao interior, do transitório ao eterno: os sentidos, a imaginação, a razão, o entendimento, a inteligência e o ápice da mente, ou a centelha da consciência. Esses graus, nós os temos em nós, plantados na natureza, deformados pela culpa, reformados pela graça, e devemos purificá-los com a justiça, praticá-los com a ciência, aperfeiçoá-los com a sabedoria".

"Quando uma alma olha para Deus toda a natureza lhe parece insignificante".

"O puríssimo Coração de Maria foi o Horto e Paraíso do Espírito Santo, jardim de delícias em que viceja toda a sorte de flores e se aspira toda a fragrância das virtudes... Ó Coração de amor, porque te converteste em esfera de dor? Contemplo, Senhora, o Teu Coração e nele vejo, não o coração mas a mirra, o absinto e o fel! Ó vulnerada Senhora, fere também os nossos corações! Porque não possuo ao menos o Teu Coração, para que, aonde quer que eu vá, Te veja sempre crucificada com Teu Filho!"

"A santa Missa tem tantas maravilhas quantas são as gotas de água no oceano, os grãozinhos de poeira no ar, as estrelas no firmamento, e os Anjos no céu. Nela se operam, quotidianamente, tantos mistérios que não sei se, em tempo algum, a mão onipotente de Deus fez obra melhor e mais sublime".

“Deus não comunica vida à alma nem a ela se une (...) a não ser que ela se aqueça com o desejo da pátria celeste e do próprio Amado”.

São Boaventura escreveu ainda...


Escreveu ainda sobre a Virgem Maria:
"Se o meu Redentor, por causa de meus pecados, me mandasse para longe de si, lançar-me-ia aos pés de Maria, e, aí prostrado, não me levantaria sem que ela me tivesse alcançado o perdão".

No ano seguinte, o Papa Gregório chamou-o para escrever a agenda do 14º Concílio Geral em Lyon e para discutir a reunião de Roma com as Igrejas do Leste. São Tomás de Aquino morreu a caminho do Concilio.
São Boaventura foi a figura mestre e conseguiu o sucesso do Concílio e com isto ele também escreveu o último capítulo das Regra da Ordem entre a terceira e a quarta sessão. São Boaventura veio a falecer enquanto o Concilio de Lyon ainda estava em sessão e foi enterrado em Lyon.
A reputação de São Boaventura é baseada na sua bondade pessoal, seu notável conhecimento e brilhante raciocínio como teólogo. Alguns julgam que ele estaria "iluminado" pelo Espírito Santo.

"Com ele parece que até Adão não havia pecado" escreveu Alexandre de Hales, e quando ele morreu a "Ata Oficial do Concilio" diz: "Nesta manhã morreu o irmão Boaventura de famosa memória, homem de notável santidade, bondade, homem piedoso, afável, misericordioso, e repleto de virtudes e amor ao Deus e ao homem... Deus deu a ele a graça de que todas as pessoas que com ele convivessem, o respeitavam e o amavam".

Embora São Boaventura e São Tomás de Aquino fossem amigos por uma vida, os dois homens opunham-se em certas questões como o neo-aristotelismo, que estava sendo introduzido na teologia por Aquino. São Boaventura temia que como resultado, a filosofia fosse elevada acima da teologia e que a razão ficasse mais importante que a revelação.
Dizia São Boaventura "um pobre e velho homem pode amar a Deus mais que um Doutor em Teologia".

QUEM FOI SÃO BOAVENTURA




São Boaventura de Bagnoregio, O.F.M. - Doutor da Igreja (Doctor Seraphicus)
Nascimento: 1217 ou 1221 em Bagnoregio, Itália
Falecimento: 15 de Julho de 1274 em Lyon, França
Canonizado: 14 de Abril de 1482, Roma por: Papa Sisto IV, O.F.M.
Festa litúrgica: 15 de Julho
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Boaventura (26-Mar-2009)

Escreveu ele: "Não basta a leitura sem a unção, não basta a especulação sem a devoção, não basta a pesquisa sem maravilhar-se; não basta a circunspecção sem o júbilo, o trabalho sem a piedade, a ciência sem a caridade, a inteligência sem a humildade, o estudo sem a graça".

São Boaventura, antes de se destacar como santo bispo, já chamava a atenção pela sua cultura e ciência teológica, por isso ao lado de Santo Alberto Magno e Santo Tomás de Aquino, caracterizaram o século XIII como o tempo de sínteses teológicas.

Certa vez, um frei lhe perguntou se poderia salvar-se, já que desconhecia a ciência teológica; a resposta do santo não foi outra: "Se Deus dá ao homem somente a graça de poder amá-Lo isso basta... Uma simples velhinha poderá amar a Deus mais que um professor de teologia".

Morreu na graça de Deus no dia 15 de Julho de 1274, sendo depois proclamado Doutor da Igreja, sob o nome de "Doctor Seraphicus", em 1588 pelo Papa Sixto V.

São Boaventura foi um dos maiores representantes do augustinismo filosófico e teológico, que permanece como sinal típico da escola franciscana. Embora as vociferações eruditas, em contrário, de Fernand Van Steenberghen, houve, sem dúvida esse augustinismo caracterizado, principalmente, pelas seguintes teses:
– a Filosofia está subordinada à Teologia;
– além do conhecimento sensorial, o homem é dotado de inteligência que recebe um influxo especial de Deus, uma luz que lhe permite conhecer as verdades eternas. É a teoria da Iluminação;
– o Bem precede a Verdade, e a Vontade antecede a Inteligência;
– no homem, a alma e o corpo são duas substâncias completas, unidas apenas acidentalmente, como o cavalo está ligado ao cavaleiro;
– num ente composto e, portanto, no homem, não existe só uma forma substancial, mas uma pluralidade de formas, e nisso não vai a mão de Agostinho, mas o influxo de Avicena, como o demonstrou Gilson (particularmente nos estudos: Les Sources Greco-arabes de L’augus-tinisme Avicennisant, Paris, Vrin, 1981, e Avicenne en occident au Moyen Age, in Études Médiévales, Paris: Vrin, 1983);
– ao criar o mundo material, Deus nele colocou as formas seminais de todas as coisas, rationes seminales;
– os próprios entes imateriais criados, os anjos, são compostos de matéria e forma.
Fonte: http://www.hottopos.com/videtur15/ruy.htm (26-Mar-2009)

Em suma,
São Boaventura é sobretudo teólogo e pensador cristocêntrico. Jesus Cristo para ele é o mestre de todos, o meio de todas as ciências. E como os filósofos pagãos não conheceram Jesus Cristo, a porta da verdade está fechada para eles, ostium est eis clausum (3ª Conferência sobre o Hexaêmeron, 4). Estou com A.D. Sertillanges, em sua genial obra Le christianisme et les philosophies. (2e. Édition, T.I, Paris, Aubier, p. 360-5).
São Boaventura foi um grande filósofo, pessoalmente, por ter construído um monumento doutrinal completo e notável, a partir dos princípios de ser e do saber, tal como ele os compreendia, isto é, em ligação com o sobrenatural e em função da fé. Soube unificar o saber e interpretar o real. Todavia, a “filosofia bonaventuriana não é, no sentido próprio do termo, uma filosofia. Antes, é uma sabedoria teológica e mística.”

Quando o líder secular Willian de Santo Aurmour escreveu "Os perigos dos últimos tempos", Boaventura respondeu publicando "Preocupado com a pobreza de Cristo" um tratado da santa pobreza.
O Papa Alexandre IV denunciou Willian e ordenou o término dos ataques aos frades mendicantes. Assim a ordem dos mendicantes foi re-estabelecida em Paris, e São Boaventura e São Tomas de Aquino receberam em 1257 seus doutoramentos em teologia.
Naquele mesmo ano, quando tinha apenas 36 anos Boaventura foi eleito Ministro Geral dos Franciscanos. Nesta posição ele se defrontou com uma tarefa difícil, porque ele pensava que São Francisco de Assis havia estabelecido um ideal incomparável para a Ordem, mas a sua organização era fraca e desde a sua morte, um grande número de diferentes grupos tinham surgido.
No seu quartel general em Narbone, em 1260 São Boaventura desenvolveu um jogo de regras que se tornou a Constituição da Ordem, por isto é que ele é chamado de "o segundo fundador dos franciscanos".

Em aditamento aos seus trabalhos de teologia e filosofia Boaventura deixou tratados de ascéticos, alguns dos quais foram traduzidos para o inglês por ele próprio, inclusive a "Jornada das almas para Deus".
Entre os seus trabalhos estão: "Comentários das sentenças de São Pedro"(que cobre um amplo campo da teologia escolástica) Os trabalhos místicos de Breviloquium, o "Itinerarium mentis ad Deum", "De reductione artium theologium", a "Perfeição da Vida" (escrito para a Beata Isabel, irmã de São Luís IX e seu Convento das Clarissas Pobres) "Soliloquy", vários comentários bíblicos de sermões.
Fonte: http://www.cademeusanto.com.br/sao_boaventura.htm (26-Mar-2009)

OS DEZ MANDAMENTOS DO PÓS-MODERNO RADICAL







1. – Não adorar a razão. Enquanto a modernidade elevou, com Descartes que se fez paladino do método, da certeza e das ideias claras, a razão instrumental ou empírica a uma posição de domínio absoluto. O pós-modernismo olha com desencanto para um semelhante e arrogante racionalismo e prefere o “pensamento débil” de Vattimo, pela sua timidez na hora de enfrentar todas as afirmações da verdade. De igual modo, segundo o “desconstrucionismo” de Jacques Derrida, toda a realidade é como um texto aberto a uma miríade de interpretações conflituosas. No lugar do pressuposto moderno, segundo o qual são possíveis respostas objectivamente correctas, encontramos o “cárcere da linguagem”, onde o relativismo substitui qualquer mundo racionalmente ordenado; o sentido, se, porventura ainda existir, é criado por nós e é sempre flutuante. Também a ciência abandonou a procura de certezas verificáveis e tornou-se anti-representativa, indeterminada e hesitante.

2. – Não acreditar na história. Com Hegel a história tinha adquirido a supremacia sobre a “natureza”, tornando-se a categoria chave para compreender a existência. Por consequência, enquanto a modernidade tinha promovido uma orgulhosa confiança no facto de o homem ter tomado em suas mãos a direcção da história e a ter modelado de acordo com as suas próprias e várias finalidades e visões. O pós-modernismo fala de um “fim da história”, pondo em discussão todas estas grandiosas esperanças e preferindo viver sem grandes finalidades, contentando-se com a utilidade, a comunicabilidade e o imediato onde não existe qualquer passado ou futuro real. Quanto à história, como noutros campos, os modelos de determinação cedem o lugar ao acaso e à indeterminação.

3. – Não ter esperanças no progresso. A modernidade, embora desconfiando perante as realidades absolutas e as autoridades, confiou nas utopias do progresso, denominadas por Francis Bacon o regnum hominis, com as suas evolutivas esperanças de superar os males e criar situações de felicidade. O pós-modernismo nasceu em parte dos desastres deste século; abandonando tais esperanças, vistas como arrogantes e perigosas, para cultivar só o parcial e o fragmentário.

4. – Não contar meta-histórias. De um modo semelhante, a modernidade vive de várias histórias míticas do heroísmo humano, como a do roubo do fogo sagrado aos Deuses por Ptolomeu; mas o pós-modernismo rejeita os “meta-relatos” como logocêntricos”, isto é, como enganos criados pela inevitável necessidade humana de encontrar um sentido central para a existência e de exprimi-lo de uma qualquer forma narrativa. A fé cristã, na medida em que parece um exemplo de uma “meta-história”, é criticada pelo pós-modernismo e é julgada “totalizante”, por pretender abranger tudo e para tudo propor um sentido.

5. – Não se concentrar sobre o “eu”. Enquanto a modernidade deu vida, desde o Renascimento do Iluminismo, a um novo humanismo, a uma exaltação do homem qual centro do universo, sublinhando a identidade psicológica ou o indivíduo contido no eu como a medida de todas as coisas, o pós-modernismo propõe a morte do homem” no sentido de um radical cepticismo sobre as aproximações subjectivas e sobre a importância dada à personalidade e à auto-consciência na cultura ocidental. A noção cartesiana de um sujeito racional soberano, assemelha-se a uma infantil ilusão de omnipotência.

6. – Não te atormentes a respeito dos valores. Enquanto a filosofia moderna pôs em primeiro lugar, como no caso de Kant, questões relativas à moralidade e à liberdade, e enquanto a modernidade viva, tinha a propensão para a austeridade e para o puritano no seu estilo de vida, o pós-moderno cultiva o espírito de Dionísio e de Narciso: um hedonismo espontâneo avança paralelamente com expressões estéticas de autonomia. Nesta época privatizada do imediato e das imagens. A responsabilidade moral é vista, como uma ilusão herdada de uma época diferente. Em última análise, a vida não tem valor, os absolutos morais são ilusões e a liberdade é só um jogo. Não permanece qualquer ponto estável de referência.

7. – Não confiar nas instituições. Enquanto o longo processo da modernidade assiste à evolução do Estado democrático moderno e a um crescente papel da política na sociedade, o pós-moderno desconfia de todas as instituições e vê nelas, formas manipuladoras de opressão nas mãos dos poderosos. As tradições são só ideologias e formas de controlo; as Igrejas são inevitavelmente co-envolvidas como parte do passado ingénuo e autoritário.

8. – Não perder tempo a pensar em Deus. Na perspectiva religiosa, a modernidade fez gradualmente do ateísmo uma filosofia plausível; pela primeira vez na história do mundo a rejeição da fé pelos intelectuais, torna-se uma posição difusa entre as classes cultas. O pós-modernismo, mais do que rejeitar o ateísmo, pressupõe-no, pondo de parte a sua militância sobre a “morte de Deus”, preferindo simplesmente, não se interessar mais pelo problema da transcendência. A imanência torna-se sinónimo de bom senso e a necessidade da procura religiosa desaparece. Se alguém quer fazê-lo, pode falar do divino, mas no sentido de sentimentos transitórios de êxtase; atenção, no entanto, à ilusória noção de “presença”: tudo é ausência.

9. – Não viver só para produzir. A modernidade sociológica implicou uma organização urbanizada da vida, imposta pela revolução industrial. Contra a prioridade dada aos sistemas de eficácia económica, à exploração mecânica da população e da terra e à lógica dominante do hemisfério esquerdo do cérebro. O pós-modernismo protesta em nome da causalidade, do jogo estético e de uma série de libertações associadas ao hemisfério direito do cérebro. O trabalho é substituído pelas compras e pelo fascínio da moda.

10. – Não procurar a uniformidade. Na perspectiva cultural, a modernidade foi uma niveladora implacável, que impôs o uniforme estilo de vida ocidental, acreditou nos traços universais ou típicos do comportamento humano e permaneceu cega perante as tradições locais ou únicas. O pós-moderno redescobriu a “diferença” qual “valor chave” e compraz-se na evidente anarquia da diversidade cultural.

P. Michael Paul Gallagher

Ardentes de Amor


“Muitas vezes, nós estamos preocupados com a pergunta: “Como podemos ser testemunhas em nome de Jesus? O que é suposto dizer ou fazer para que as pessoas aceitem o amor que Deus lhes oferece?”
Estas perguntas são mais expressões do nosso receio do que do nosso amor. Jesus mostra-nos o caminho para sermos testemunhas. Ele estava tão cheio do amor de Deus, tão ligado com a vontade de Deus, tão ardente de zelo para com o Reino de Deus, que Ele não poderia fazer outra coisa senão testemunhar esse Amor. Onde quer que Ele passou e quem quer que Ele tenha conhecido, um Poder emanou d’Ele e curou todos os que o tocavam (Lc. 6, 19). Se queremos ser testemunhas como Jesus, nossa única preocupação deve ser a de sermos testemunhas vivas e comprometidas com o amor de Deus, como Jesus foi.”
(Henri Nouwen, Meditações Diárias)



Sobre estas duas leituras, podemos concluir que precisamos de reintegrar, perceber e aceitar as dificuldades, as feridas que nos causam aqueles que nos amam. Perceber que essas feridas são para eu crescer, para eu perceber como tenho de ser forte perante as dificuldades, sendo eu, dialogando e esclarecendo as minhas ideias e perceber as ideias dos que me rodeiam, para assim mudar os meus pontos fracos. Amando assim Cristo nos irmãos, ajudando-o a carregar a cruz e curando-lhe as feridas, acolhendo-o também nos momentos de alegria e de vitória, que eu faça festa com a alegria dos que me rodeiam.
Assim estou integrado na família e na sociedade, vivendo triste com os tristes, procurando curar-lhe as feridas e alegrando-me com os que se alegram. Esta é pois a maneira de evangelizar, de eu aceitar Cristo nos irmãos e em tudo o que me acontece, para que eu seja sempre mais alegre e feliz, porque, percebo e entendo a sua acção em mim e nos irmãos, nas circunstâncias, vivendo-as com amor, estou a ser instrumento de Cristo para o mundo, estou a ser um membro vivo do seu Corpo que é a Igreja.Bendito e louvado sejais Senhor.

Passar por cima das nossas feridas

Os humanos sofrem imenso. Muito, para não dizer a maior parte, do nosso sofrimento tem origem na relação com aqueles que nos amam. Estou constantemente ciente de que a minha agonia profunda provém, não dos terríveis eventos que leio nos jornais ou vejo na televisão, mas da relação com as pessoas com quem partilho a minha vida diária. São precisamente os homens e mulheres, que me amam e que estão muito perto de mim, os que me ferem.
À medida que ficamos mais velhos, geralmente vamos descobrindo que nem sempre fomos bem amados. Com frequência, os que nos amaram também nos usaram. Os que se interessaram por nós foram, por vezes, também invejosos. Os que nos deram muito, por vezes, exigiram também muito em troca. Os que nos protegeram quiseram também possuir-nos nos momentos críticos.
Habitualmente, sentimos a necessidade de esclarecer como e porque é que estamos feridos; e, com frequência, chegamos à alarmante descoberta de que o amor que recebemos não foi tão puro e simples como tínhamos julgado. É importante esclarecer estas coisas, especialmente quando nos sentimos paralisados por medos, preocupações e anseios obscuros que não compreendemos.
Mas compreender as nossas feridas não basta. Ao fim e ao cabo, temos que encontrar a liberdade para passar por cima das nossas feridas e a coragem para perdoar aos que nos feriram. O verdadeiro perigo está em ficarmos paralisados pela raiva e pelo ressentimento. Então começaremos a viver com o complexo do “ferido”, queixando-nos sempre de que a vida não é “justa”.
Jesus veio livrar-nos destas queixas auto-destrutivas. Diz Ele: “Põe de lado as tuas queixas, perdoa aos que te amaram mal, passa por cima da sensação que tens de seres rejeitado e ganha coragem para acreditar que não cairás no abismo do nada mas no abraço seguro de Deus cujo amor curará todas as tuas feridas.” (Henri Nouwen, in “Aqui e Agora”)

sábado, 30 de maio de 2009

Sagrado Coração de Jesus



Estar diante de Deus, em atitude de reparação, não significa cultivar um intimismo doentio e passivo? Ficar horas de oração, diante do Santíssimo Sacramento, fazer sacrifícios e mortificações pode ser bom, e é, se brotar da vida quotidiana e voltar para ela. A verdadeira devoção ao Coração de Jesus e a verdadeira reparação não nos afastam do mundo, antes nos levam a transformar o mundo, sobretudo, o mundo das relações.
Quando pensamos nos pecados do mundo e os procuramos reparar, pensemos, antes de mais, nos nossos pecados; quando pensamos em consolar o nosso Deus ofendido pelos pecados, pensemos, sobretudo, nos irmãos presentes no nosso quotidiano, com quem nos cruzamos todos os dias, ofendidos pelas nossas faltas de atenção, pelo nosso orgulho, pela nossa indiferença ou vitimas de maldade de outros e necessitados do nosso socorro – neles podemos e devemos “consolar” o nosso Deus ofendido por tanto pecado.
A devoção ao Sagrado Coração de Jesus deve ter o seu lugar, na vida pessoal e comunitária e traduzir-se em obras de misericórdia, que vão ao encontro das necessidades dos irmãos. Em tempo de crise económica e social, como aquela que vivemos, quando tantos são tentados a desesperar de si próprios, dos outros e de Deus, também a Igreja, na sua pastoral, acaba por ser chamada a dar atenção ao essencial. E o essencial é, sem dúvida, o Coração de Deus, mesmo se ignorado, no coração do mundo.

JESUS CRISTO SACERDOTE ENTRE NÓS




“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-me a proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, a recuperação da vista; a mandar em liberdade os oprimidos, a proclamar um ano favorável da parte do Senhor.” (Lc. 4, 18-19)
Jesus é o Messias, O enviado pelo Pai, O Filho cheio do Espírito Santo, que veio a nós, para nos anunciar a Palavra da salvação, para que vivamos guiados por Ele, alegres e felizes, libertos da opressão do pecado, das seduções que nos arrastam para o mal e nos afastam d’Ele. Cristo é a verdade, a Salvação, O Profeta e Rei, que nos indica o caminho, para que nós com Ele e n’Ele vivamos, vejamos a verdade e nos salvemos.
“Aproximando-se deles, Jesus disse-lhes: Foi-me dado todo o poder no Céu e na Terra. Ide, pois, fazei discípulos de todos os povos, baptizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a cumprir tudo quanto vos tenho mandado. E sabei que Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos.” (Mt. 28, 18-20)
Jesus chama-nos, para O deixarmos viver connosco, sermos seus discípulos e, envia-nos a irmos por todo o mundo, anunciando a todos os irmãos a Boa-Nova, fazendo discípulos. Cristo está sempre connosco, através do Espírito Santo nosso guia e, do seu Pão vivo com que nos alimenta na caminhada construtora, fazendo discípulos entre os irmãos que estão à nossa volta. Cristo envia-me nesta obra de salvação.

Padre, eu porque não!




Padre, eu porque não!

O sacerdócio é a continuação da missão de Cristo no mundo, vivendo, anunciando e testemunhando a Boa Nova da Salvação. Cristo é o sumo-sacerdote e só através d’Ele somos com Ele povo de Sacerdotes, profetas e reis após o Baptismo. Por isso todos os baptizados são chamados a viver um sacerdócio comum, sermos instrumentos de Cristo e com Cristo no mundo, vivendo o Evangelho. Mas, para continuar a sua obra, Cristo instituiu apóstolos para irem à frente e pastorearem o povo de Deus, são os sacerdotes ordenados, em ministério sacerdotal, os sacerdotes, que são chamados a serem Cristo em Cristo no mundo, in persona de Cristo, anunciando-O e testemunhando-O na sua pessoa.
Os sacerdotes, servos de Cristo em Cristo, são a continuação de Cristo vivo entre nós, na pobreza, castidade e obediência à vontade do Pai. São do Céu mas vivem na terra, aguardando as núpcias do cordeiro pascal, nesta caminhada, testemunho e serviço pelo Reino de Deus.
É urgente evangelizar, os operários são poucos e a messe é grande, que Nosso Senhor envie operários para a sua messe consoante a sua vontade. Envia-me a mim Senhor. Neste ano de discernimento, para eu ser sacerdote ministerial, discerni que não reúno as condições para esta missão, o meu caminho não é por aqui, tenho outros talentos que preciso de colocar a render, eu sou, um pé não sou um braço. Todos os membros do corpo são diferentes e todos essenciais.
Eu sou chamado a viver a minha vocação de sacerdócio comum como fiel leigo entre o Povo de Deus, que maravilhosa missão, ser sal na terra. Ajudai-me Senhor a viver segundo a vossa vontade. A acolher-vos sempre nos irmãos e a dar-me todo a vós nos irmãos, sem reservas.
Dou-Vos graças Senhor pela vida que me dais. Que maravilhoso é estardes entre nós. Mas que triste é as minhas faltas, a minha indiferença e falta de audácia, as faltas e indiferença do mundo que Vos rejeita. Fazei Senhor que os nossos olhos se abram e Vos vejamos. Fazei de mim Senhor um instrumento audaz na sociedade, onde me enviais e chamais a testemunhar a Boa Nova.Que eu deixe arder o fogo que colocais em mim, para que eu seja sempre Vosso instrumento vivo, convosco, para que Vós reinais, para que os irmãos se deixem interpelar pela minha e nossa insistência amorosa do Vosso Espírito, se convertam e vivam. Glória a Vós Senhor Nosso Deus e Nosso Pai.

Padre, eu porque não! Porque o meu lugar no Corpo de Cristo é outro, a minha missão a desempenhar é outra e, se eu não ocupar o meu lugar, ninguém ocupará! Do que estou à espera?

segunda-feira, 11 de maio de 2009


CRISE

A crise económica em que vivemos?
Quem é que está em crise, Estamos todos?
E o nosso coração, também está em crise?
Como está a minha amizade com os irmãos que vivem comigo e que encontro todos os dias?
Como é que eu sou sinal de amor para os outros?
Como é que eu aceito a amizade dos outros?
Muitas vezes um não é um sim para eu crescer, para eu sair da crise?
Porque é que eu atiro os outros para a rua, porque fazemos isso?
Porquê despedem as empresas, os trabalhadores “menos” eficientes? Há competição?
Porque é que os trabalhadores “menos” eficientes abandonam o trabalho?
Haverá luta pelo sucesso exterior? Eu sou um objecto no joga da competição / na luta / na selva da vida? Somos racionais ou irracionais? Somos pessoas?
Do que estamos à espera para vivermos em caridade! E “solidariedade” é fazer como eu quero, ajudar quando quero, dar o que me sobra! Eu faço isso! Dou tudo aquilo que não me faz falta? Como se os outros fossem inferiores a mim e lhes bastasse as minhas sobras?
Que inútil e pecador que eu sou! Sou tão indiferente, tão frio perante a doença dos corações dos outros, não quero ajudá-los a curarem-se! Também não me curo a mim! Permaneço doente, no abismo, no fundo da crise!
Do que estou à espera, de braços cruzados?
A crise está no meu egoísmo!
A crise está no meu orgulho!
Perdoai-me Senhor! Ajudai-me a dar-me todo a vós nas minhas acções e orações!
Ajudai-me Senhor a ir visitar-vos no irmão que me bate à porta!
Ajudai-me Senhor a acolher-vos no irmão que eu não gramo!
Ajudai-me senhor a tirar o lixo que está no meu coração, para que fiques só vós, para que eu alegremente Vos abrace em todos os irmãos, pobres e ricos!Ajudai-me Senhor a DIALOGAR, a ESCUTAR, a descobrir daquilo que o meu irmão precisa e eu tenho a solução, a cura para a sua doença! Porque vivemos numa sociedade, a crise está no meu coração?

PRESERVATIVO

Porquê a sociedade nos incentiva a utilizar o preservativo como contraceptivo que resolve todos os problemas de doenças sexualmente transmissíveis (HIV)!
É um incitamento à promiscuidade!
Distribui-se preservativos gratuitamente nas escolas públicas a alunos do 10º ao 12º ano de escolaridade. Transformando as escolas públicas em institutos de desregramento sexual, como promoção do SIDA? Isto é educação sexual?
E quem se atreve a desmascarar esta estratégia, quem ousar levantar a voz, é imediatamente apontado como perigoso assassino, merecedor de cadeia por crimes contra a humanidade.
A Igreja ousa contestar o pan-erotismo e a libertinagem sexual, que são meios economicamente poderosos, mentalmente materialistas e hedonistas, que querem impor-nos na sociedade. Quem fala muito em tolerância e liberdade, mas é só para eles. Criam a imagem de que são inimigos da felicidade aqueles que ousarem discordar dos seus dogmas materialistas.
Tal como condenaram Jesus. A Igreja é condenada, porque está verdadeiramente a cumprir a sua missão, está a ser sal da terra, “veio trazer a espada da palavra viva e não a paz doente dos politicamente conformes e defuntos.”
Se querem combater a saúde e felicidade dos homens, não podem deixar de apontar os caminhos que a Igreja tem vindo a aconselhar. São humanos, eficazes e dignos. Não os querem aceitar? Ainda mal. Mas, não insultem e ameacem quem tem a coragem de os propor.

Contingência e Castidade
Os contraceptivos dividem as duas dimensões da sexualidade humana (viver a sexualidade só na perspectiva unitiva / ou só na perspectiva procriativa)
Os métodos naturais baseiam-se numa observação e respeito pelo ciclo biológico.
Os contraceptivos levam a fazer da pessoa um objecto, uma visão da sexualidade numa perspectiva unitiva, de egoísmo.
A sexualidade humana desregrada destrói uma sociedade!
Como o preservativo não é seguro a 100% legalizou-se o aborto!
Porquê os professores não quiseram assumir a “educação sexual”, devido à responsabilidade com que ficavam!
A Igreja defende o verdadeiro amor, amor que dialoga, que respeita, que é humano, não egoísta, nem ver o outro como objecto.
Os professores de Religião e Moral têm um grande dever nesta área, do diálogo, esclarecer e informar.
A educação é perspectivar o futuro! Não é prevenir problemas do presente! O preservativo é resolver um problema imediato.
Hoje as pessoas não estão interessadas em pensar e interrogarem-se, é preciso fazer com que as pessoas pensem e se interroguem, para o seu bem.A grande proposta da Igreja é a de dialogar, para que as pessoas percebam, compreendam e se amem. Hoje as campanhas materialistas não estão interessadas no diálogo.

HOMOSSEXUALIDADE

Urano significa que antes de haver organização (cosmos), havia o caos, indiferenciação (o deus Urano teve vários filhos, não deixava de procriar, até que Afrodite corta o sexo de Urano, que deixa de ter capacidade de procriar. Nasciam monstros).
Só havendo o masculino e o feminino é que há cosmos. Por isso Deus criou Adão e Eva (um ser diferente) para se completar. Só na diferença é que acontece o cosmos, a organização.
Homossexualidade é a vivência da idolatria, amar alguém que não é Deus, é um regresso ao caos, destruindo o cosmos, é a ligação a si próprio, ao seu igual). O Mito de Narciso, que ao contemplar a sua imagem na água, atira-se ao lago e morre afogado.
A ligação do sexo com o mesmo sexo, não gera diferença, nem vida, não tem possibilidade de continuar com o cosmos, leva ao caos.

Os Same Sexers
Conceder os mesmos direitos aos “casamentos” homossexuais, seria introduzir uma injustiça no sistema jurídico e na vida social, porque atribuiria direitos iguais a coisas diferentes.
Um par de homossexuais não pode ter os mesmos direitos que um casal constituído por homem e mulher. Não pode ter porque, a vida em comum de duas pessoas de sexo diferente não é a mesma nem tem a mesma finalidade. Por isso, coisas diferentes não podem ter direitos iguais.
A liberdade de um não significa tudo. Seguindo este raciocínio, tudo podia ser legalizado. Um ladrão também rouba de acordo com a sua liberdade, mas nem por isso se pode legalizar o roubo.
As pessoas que acham que o “casamento” dos homossexuais não tem nada a ver com eles, é argumento dos inconscientes. É o argumento dos que acham que nada têm a ver com a miséria do mundo, desde que a miséria lhes não bata à porta; dos que acham que se podem matar judeus ou palestinianos porque eles não são nem judeus nem palestinianos. Não reparam que legalizar o “casamento gay” seria como legalizar moedas falsas. As consequências podem não se ver imediatamente, mas a longo prazo serão devastadoras. É, este fechar de olhos generalizado, este relativismo cego, que precipita as sociedades na catástrofe, muito mais depressa, por vezes, do que poderíamos imaginar. Desgraçadamente.

sexta-feira, 8 de maio de 2009


DEUS É AMOR

Palavras de Espiritualidade


“O pobre é odiado até pelo seu companheiro; o rico, porém, tem muitos amigos” (Pr. 14, 20)

“Cidade desmantelada, sem muralhas, assim é o homem que não é senhor de si.” (Pr. 25, 28)

“Se o teu inimigo tem fome, dá-lhe de comer; se tem sede, dá-lhe de beber, porque assim o farás corar de vergonha e o Senhor te recompensará.” (Pr. 25, 21-22)

“Respondeu-lhes Jesus: «Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não mais terá fome e quem crê em mim jamais terá sede. Mas já vo-lo disse: vós vistes-me e não credes. Todos os que o Pai me dá virão a mim; e quem vier a mim Eu não o rejeitarei, porque desci do Céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. E a vontade daquele que me enviou é esta: que Eu não perca nenhum daqueles que Ele me deu, mas o ressuscite no último dia. Esta é, pois, a vontade do meu Pai: que todo aquele que vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna; e Eu o ressuscitarei no último dia» (Jo. 6, 35-40)

“E o que será melhor? Para todos os vivos há uma coisa certa: mais vale um cão vivo que um leão morto. Os que estão vivos sabem que hão-de morrer, mas os mortos não sabem nada, nem para eles há ainda retribuição, pois a sua lembrança foi esquecida.” (Ecl. 9, 4-5)

“Descobri ainda, debaixo do Sol, que a corrida não é para os ágeis, nem a batalha para os bravos, nem o pão para os prudentes, nem a riqueza para os doutos, nem o favor para os sábios: todos estão à mercê das circunstâncias e da morte. O homem não conhece a sua própria hora: como os peixes apanhados na rede fatal, como os passarinhos que caem no laço, assim os homens são surpreendidos na hora da adversidade, quando ela cair sobre eles de improviso (Ecl. 9, 11-12)

“Deus põe-nos à prova, para lhes mostrar que, só por si, são semelhantes aos animais” (Ecl. 4, 18)

“um insensato silencioso passa por sábio; se fecha a boca parece inteligente” (Pr. 17, 28)

“Não procureis a morte com uma vida desregrada, nem susciteis a vossa perdição com as obras das vossas mãos. (Sb. 1, 12)

“por inveja do diabo é que a morte entrou no mundo, e hão-de prová-la os que pertencem ao diabo.” (Sb. 2, 24)

“uma mosca morta infecta e estraga o azeite perfumado. Um pouco de loucura é suficiente para corromper a sabedoria” (Ecl. 10, 1)

“se a serpente não ficar encantada e morder, não há proveito para o encantador” (Ecl. 10, 11)

Deus é tudo para nós, sem Ele a vida não tem sentido, só na sua Palavra encontramos caminho. Quero partilhar alguns versículos da sua Palavra, que nos orienta, levando-nos a perceber o porquê da vida.
Como é bom conhecer, ler e perceber o que Deus nos diz na carta que nos enviou, na Bíblia, que envia a todos nós. Como nos alimenta a alma e nos dá alegria, saborear as suas Palavras!
Do que estou eu à espera de viver e fazer quilo que Ele me pede? Se não faço o melhor para mim, que é o que Ele me indica, fico perdido, ao sabor do acaso, procurando alegrias passageiras e sem sentido…
Ajudai-me Senhor a fazer sempre a vossa vontade! É o que mais quero! Sei que para isso é preciso destruir barreiras que coloquei para não vos deixar reinar em mim, o meu egoísmo, os meus ídolos, a minha passividade.
Arrancai de mim este mal, que eu levante a cabeça, sem olhar para trás, só olhando para a frente, convosco, amando-Vos nos irmãos com que me encontro, ouvindo e acolhendo os pobres e sábios, afastando-me das tentações e seduções que me arrastam para longe de Ti. Que eu Vos prove que só em Vós está a felicidade, que só Vós sois o caminho.
Que eu Vos mostre que não sigo as tentações, que eu mate as tentações e os ídolos em mim, para Vos deixar crescer e reinar em mim! Só Vós sois o meu Deus, o meu único Deus! Sem Vós eu nada sou!
Se eu não Vos levar aos outros, aos irmãos onde Vós estais a sofrer, como posso dizer que vos amo e vos sigo?
Se eu não Vos deixar reinar em mim e dê espaço no meu coração aos ídolos e ao egoísmo, não Vos estou a colocar em primeiro lugar na minha vida?
Senhor aqui me tens, fazei de mim o que entenderdes!
Que eu faça sempre a vossa vontade e nunca me afaste de Vós!
Só Vós tendes palavras de vida eterna!
Perdoai-me Senhor o mal que faço, perdoai-me as minhas omissões, perdoai-me o bem que não faço, perdoai-me esta vida que perco sem vos preferir!
Perdoai também aos meus irmãos que não Vos amam, que não Vos colocam em primeiro lugar nas suas vidas, perdoai-lhes e perdoai-nos o mal que fazemos, porque nos matamos, porque nos exploramos, porque não deixemos que reinais em nós. Perdoai-nos Senhor! Tende piedade de nós, Senhor!
Fazei-nos mudar de vida, fazei com que vejamos, percebamos o mal que fazes, ajudai-nos a convertermo-nos, que façamos de Vós o nosso Deus e o nosso rei.
Dou-Vos graças Senhor pela vida que me dais! Dou-Vos graças por tudo o que passei, pelo pecado, pelo mal que fiz e que me ajudou a perceber que longe de vós não sou feliz. Dou-Vos graças pelo bem que fiz, que me deu tanta alegria, porque foste Vós que o fizeste através de mim. Bendito sejais Senhor! Nesses momentos em que vivi em Vós, em que Vos deixei viver em mim, que felicidade vivi e acolhi nos irmão!
Louvado e Bendito sejais Senhor me Deus e meu rei.


Jesus é …

Jesus é a minha vida,
A palavra a dizer,
A verdade a fazer conhecer,
O caminho a percorrer,
A vida a viver,
O amor a amar,
O sacrifício a oferecer,
A paz a dar,
O pão da vida a comer,
O faminto a alimentar,
O sedento a saciar,
O nu a vestir,
O sem abrigo a hospedar,
O doente a curar,
O isolado a amar,
O indesejável a acolher,
O leproso a quem cuidar das feridas,
O mendigo a quem sorrir,
O bêbado a acolher,
O doente mental a proteger,
O pequeno a abraçar,
O cego a guiar,
O mudo, na voz de quem falar,
O estropiado com quem caminhar,
O drogado a socorrer,
A prostituta a quem tirar do perigo e socorrer,
O prisioneiro a visitar,
O velho a servir.
Para mim: Jesus é o meu Deus,
Jesus é o meu Esposo,
Jesus é a minha vida,
Jesus é o meu amor,
Jesus é indispensável para mim,
Jesus é o meu Tudo.

Teresa de Cálcutá


Para quê rezar?

Oração

Como é que eu posso ser cristão sem oração?
A oração consiste em pedir e dar graças a Nosso Senhor, por aquilo que necessitamos para o crescimento do Reino de Deus em nós e por tudo o que d’Ele recebemos.[1]
Como nós não pertencemos a este mundo, somos enviados ao mundo por Cristo, para vivermos n’Ele que é a Verdade e a Vida, sem nos perdermos ou levantando-nos sempre que caímos, firmes na fé. Não caindo no pecado, mas sempre no seguimento de Cristo pela oração e acção, para vivermos sempre uma vida de Oração segundo a Sua vontade.[2]
Jesus ensinou-nos a orar a oração do “Pai Nosso”, pedindo sem desistir na oração com amor tudo o que necessitamos para servirmos e amar-mos Nosso Senhor, pois tudo Ele nos dará, sem nos faltar nada para a nossa salvação e felicidade.[3]
Através da oração entramos em comunhão com Nosso Senhor (liga-se a terra ao céu), Deus vem até à nossa pequenez e eleva-nos ao alto para Ele, para nos falar. Nosso Senhor revela a sua vontade aos que rezam com humildade de coração e assim O escutam, acolhem e vivem com Ele e para Ele.[4]

[1] (cfr. Rom. 1, 9-10; Jo. 11, 41-42)
[2] (cfr. Jo. 27, 1-26)
[3] (cfr. Jo. 11, 1-13; Mt. 7, 7-11; Mt. 6, 5-13)[4] (cfr. Lc. 3, 21-22; Mt, 11, 25-26)

Evangelizar

Evangelização

Que Cristão serei eu se não evangelizar?
Como escreveu S. Paulo aos Coríntios “Ai de mim se não evangelizar”. [1] Paulo VI refere que a Evangelização é a graça e a vocação própria da Igreja, [2] fazendo discípulos de Cristo, testemunhando a Boa Nova de Cristo pela fé, esperança e caridade.
A Igreja (e eu, que também sou Igreja) tem de viver desinstalada, anunciando ao mundo o Evangelho através do Espírito Santo que age nela, é a sua missão fundamental.
Se eu vejo o mal à minha volta e o sofrimento, como posso ficar indiferente? Então não sou cristão?
Como nos diz Paulo “Quem pouco semeia também pouco há-de colher, mas, quem semeia com generosidade, com generosidade também colherá”. [3] Se eu “semear” – evangelizar através da oração e da acção no mundo, guiado pelo Espírito Santo, então estou a semear bem. Sempre que peco, o pecado é contrário ao bem, é uma má sementeira. È necessário semearmos segundo o Espírito Santo, como nos diz o Evangelista S. Lucas “Ide, envio-vos ”. [4]


[1] (1Cor. 9, 16)
[2] João Paulo II, Exort. Ap. Cristifideles Laici, Ed. AO, (pág. 73) (1990) Braga
[3] (2Cor. 9, 6)
[4] (Lc. 10, 3)

Cruz

Cruz

Para mim a Cruz é uma passagem, entre as contrariedades ou dificuldades que eu encontro na vida e o fruto que daí resulta: se eu aceito as dificuldades e as resolvo, ultrapassando-as e superando-as com confiança, ou se, eu não as aceito, ou as aceito com fraqueza e sucumbo perante elas, sendo derrotado, não enriquecendo.
É como a Cruz de Jesus Cristo, O qual sofreu pelos meus pecados e do mundo, foi crucificado, morreu, mas Ressuscitou para me Salvar. Todos os dia, nos deparamos diante da cruz, nos irmãos e circunstâncias que me vão surgindo. Jesus Cristo vai assim imterpelando-me através do Espírito Santo, para que eu o abrace com amor, O sirva e o siga, para minha felicidade e do próximo. Para a Salvação do próximo e minha.
Bendigo-Vos Senhor meu Deus, pela Vossa Santa Cruz, Bendita e louvada seja a vossa Santa morte e gloriosa Ressurreição. Que amor tão grande.


O que é o AMOR?

Amor


Bendito e louvado sejais meu Deus de Amor, que sois só amor sem fim! Que graça imensa, que amor profundo, Vós meu Bom Pai, por me teres dado o dom da vida, por me chamares a que eu Vos siga, por me terdes feito cristão, Vós que sois Amor sem fim,. Que maravilhoso que sois meu Deus de Amor imenso.
Para mim o Amor é viver segundo a vosso vontade e, assim crescerei no Amor, nessa graça de me sentir no vosso caminho, porque me consola e dá paz no coração. Como é maravilhoso o amor!
Mas, o Amor que damos e recebemos a duplicar de Vós presente nos irmãos e nas criaturas, é a Vossa Palavra, é o Vosso chamamento, que me fazeis, para que eu discernindo Vos busque sempre mais, nesse amor louco sem fim. É um não ao meu amor próprio, ao meu egoísmo, para que eu me liberte das prisões e me firme só em Vós, para que eu cresça no Amor. Que é a paz no coração, a alegria na alma e felicidade na vida verdadeira. Amor que é o caminho, em Vós e para Vós, servindo-Vos e acolhendo-Vos nos irmãos. Assim, o Amor, sois Vós revelado em nós.
Meu bom Deus de Amor, iluminai-nos para que todos caminhemos no Amor.

Quem é Deus?

O que sou eu sem Deus?
Sem Deus eu não posso ser nada, fico há deriva no mundo, sem ter rumo! Deus dá-me sentido e rumo para a minha vida. Deus é Vida verdadeira. E como?
Se eu O procurar sempre, através da oração e do discernimento. Escutando, percebendo e concretizando o Plano de salvação que Deus tem para mim!
Quem é Deus para mim?
Deus para mim é Amor e é caminho para a vida. Através da sua Palavra, que eu escuto na Bíblia, na oração, através dos irmãos e nas circunstâncias. Eu cresço para Ele, que é uma imensidão sem fim. Eu, não tenho palavras para O descrever.
Deus é O Mistério da Santíssima Trindade, porque são três pessoas: O Pai; O Filho e O Espírito Santo, na mesma Pessoa e no mesmo Deus. É O Pai, que nos Cria. É O Filho, Jesus Cristo (Encarnado) que nos salva, porque foi crucificado, morrendo pelos meus pecados e Ressuscitou gloriosamente, para me salvar. Enviando o Espírito Santo para ficar em mim, para me guiar na vida e conduzir-me com sabedoria para Ele.
Eu Vos Bendigo meu Deus porque sois tão bom! Iluminai-nos para Vós.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Quem foi S. Tomás de Aquino?

Doutor da Igreja (Doctor Angelicus)
Nascimento: 1225 em Roccasecca, Frosinone, Itália
Falecimento: 07 de Março de 1274 em Fossanova, Itália
Venerado pela Igreja Católica
Canonizado em 18 de Julho de 1323, em Avinhão por: Papa João XXII
Festa litúrgica: 28 de Janeiro

A família dos condes de Aquino residia no castelo de Roccasseca na cidade de Aquino em Nápoles, Itália. Eram das famílias feudais mais influentes da Europa.[1][2]
Buono era um eremita que vivia na montanha do castelo, tinha fama de santo e um dia apareceu no castelo, à Condeça Teodora, esposa do conde Landolfo de Aquino, predizendo-lhe que iria ser mãe de um menino que se chamaria Tomás, iria ser Frade da Ordem dos Pregadores e teria santidade e ciência tão grande que não haveria igual.[1][2]

Em 1225 nasceu Tomás de Aquino, que teve como padrinho o Papa Honório III, representado pelo Bispo de Aquino.

Aos 14 anos, por sua vontade, S. Tomás entrou na Ordem dos Frades Pregadores. Aos 17 anos, recebeu o hábito branco e foi publicamente admitido nesta Ordem contra a oposição dos pais. Mas, S. Tomás prevendo isso, pediu aos superiores para sair do reino, acabando por ser preso e entrege no castelo de Roccasseca, onde foi encarcerado na Torre de S. João, passando privações para que desistisse da opção. O que só o fortaleceu na oração e no estudo.[1][2]
Os 2 irmãos de S. Tomás “levados pelo inferno”, levaram para a Torre uma mulher de má fama, para o seduzir e para o levar a mudar de vida. S. Tomás com um tição ardente expulsou-a do quarto e traçando na parede uma cruz ajoelhou-se e em oração agradeceu a Deus, ficando em êxtase, apareceram-lhe 2 anjos que o cingiram e lhe disseram “-vimos por mandato de Deus, autorgar-te o cingulo da castidade perpétua”.[1][2]

“Bem-aventurados os mansos porque eles possuirão a terra.” Verificava-se esta palavra do Divino Salvador no Doutor Angélico. Ninguém como ele era moderado nas discussões escolásticas. Essa moderação, contudo, não excluía a firmeza na refutação do erro e afirmação da verdade. [1][2]

As obras de S. Tomás podem-se dividir em quatro grupos: [4]
1 – Comentários: à lógica, à física, à metafísica, à ética de Aristóteles; à Sagrada Escritura; a Dionísio pseudo-areopagita; aos quatro livros das sentenças de Pedro Lombardo.
2 – Sumas: Suma Contra os Gentios (baseada em demonstrações racionais); Suma Teológica (começada em 1265 e inacabada)
3 – Questões: Questões disputadas (da verdade, da alma, do mal, etc.)
4 – Opúsculos: da Unidade do Intelecto Contra os Averroístas; da Eternidade do Mundo, etc.

S. Tomás desenvolveu também uma Teoria do conhecimento e uma Antropologia, com o uso da razão propõe 5 vias para demonstrar a existência de Deus: [3]
1 – Primeiro motor imóvel: tem de haver um primeiro motor para tudo o que se move;
2 – Causa primeira: tem de haver uma causa primeira que por ninguém foi causada;
3 – Ser necessário: tem de haver um ser que não tenha a sua existência fundada noutro;
4 – Ser perfeito: tem de existir um ser que é causa da perfeição dos outros seres;
5 – Inteligência ordenada: tem de haver um ser inteligente que dispôs o universo ordenado.-“Vós ó Cristo, sois o Rei da Glória, Vós sois o sempre eterno Filho do Pai.” [1][2]

S. Tomás explica como o corpo não pode existir sem a alma, nem viver sem ela, e a alma, ainda que imortal, não tem uma vida plena sem o corpo, que é o seu instrumento indispensável. [4]
Foi mestre na Universidade de Paris no reinado de Luís IX da França morrendo, com 49 anos, na Abadia de Fossa Nuova, quando se dirigia para Lião a fim de participar do Concílio de Lião, a pedido do Papa. [4]

Nesse momento apagou-se uma luz extraordinária (como de cometa) que três dias antes surgira no firmamento, mesmo sobre o mosteiro. E um frade que estava a rezar na igreja viu a alma de S. Tomás sobre as aparências de formusissima estrela subir ao Céu.
Quando o corpo de S. Tomás foi exposto à porta da abadia de Fossa Nuova, para que o podessem venerar senhoras da sua família. A mula que tinha transportado o Santo nas suas viagens, desde que por doença não as conseguia fazer a pé, soltou-se subitamente, saiu da cavalariça e dirigindo-se até à porta do mosteiro, caiu redondamente morta diante do caixão.
Começaram então os milagres operados por intercessão do grande Santo, que do Céu não se esquecia dos seus amigos da terra. Como o Sub-Prior do convento de Fossa Nuova, que estava cego há algum tempo, e recuperou a vista ao tocar os seus olhos nos do falecido servo de Deus
[1] Ameal, 1961. São Tomás de Aquino, Livraria Tavares Martins, Porto
[2] J.S.O.S., 1923. A vida de São Thomaz d’Aquino, Comp. e Imp. Tipografia Inglesa, Lisboa
[3] http://pt.wikipedia.org/wiki/Tom%C3%A1s_de_Aquino (consulta em 11-Nov-2008)
[4] http://www.mundodosfilosofos.com.br/aquino.htm (consulta em 11-Nov-2008)









receber


Seguir Cristo


Trabalho

Análise comparativa de diferentes sistemas de rega (Ferreira do Alentejo - Julho 2007)









domingo, 8 de fevereiro de 2009

Actividade Profissional,

monitorização do estado hídrico do solo numa cultura de trigo (Junho 2004 - Elvas)



Estágio de fim de curso - sobre a adaptação do grão de bico a diferentes estados hídricos do solo, consoante as Regiões de sementeira (Junho 1997 - Elvas)













Acompanhamento de Olivais, monitorizando as doenças e pragas num sistema de Proteção Integrada no Olival (Outubro 2003 - Moura)







deslocação em Trabalho (Abril 2002)