quarta-feira, 1 de julho de 2009

QUEM FOI SÃO BOAVENTURA




São Boaventura de Bagnoregio, O.F.M. - Doutor da Igreja (Doctor Seraphicus)
Nascimento: 1217 ou 1221 em Bagnoregio, Itália
Falecimento: 15 de Julho de 1274 em Lyon, França
Canonizado: 14 de Abril de 1482, Roma por: Papa Sisto IV, O.F.M.
Festa litúrgica: 15 de Julho
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Boaventura (26-Mar-2009)

Escreveu ele: "Não basta a leitura sem a unção, não basta a especulação sem a devoção, não basta a pesquisa sem maravilhar-se; não basta a circunspecção sem o júbilo, o trabalho sem a piedade, a ciência sem a caridade, a inteligência sem a humildade, o estudo sem a graça".

São Boaventura, antes de se destacar como santo bispo, já chamava a atenção pela sua cultura e ciência teológica, por isso ao lado de Santo Alberto Magno e Santo Tomás de Aquino, caracterizaram o século XIII como o tempo de sínteses teológicas.

Certa vez, um frei lhe perguntou se poderia salvar-se, já que desconhecia a ciência teológica; a resposta do santo não foi outra: "Se Deus dá ao homem somente a graça de poder amá-Lo isso basta... Uma simples velhinha poderá amar a Deus mais que um professor de teologia".

Morreu na graça de Deus no dia 15 de Julho de 1274, sendo depois proclamado Doutor da Igreja, sob o nome de "Doctor Seraphicus", em 1588 pelo Papa Sixto V.

São Boaventura foi um dos maiores representantes do augustinismo filosófico e teológico, que permanece como sinal típico da escola franciscana. Embora as vociferações eruditas, em contrário, de Fernand Van Steenberghen, houve, sem dúvida esse augustinismo caracterizado, principalmente, pelas seguintes teses:
– a Filosofia está subordinada à Teologia;
– além do conhecimento sensorial, o homem é dotado de inteligência que recebe um influxo especial de Deus, uma luz que lhe permite conhecer as verdades eternas. É a teoria da Iluminação;
– o Bem precede a Verdade, e a Vontade antecede a Inteligência;
– no homem, a alma e o corpo são duas substâncias completas, unidas apenas acidentalmente, como o cavalo está ligado ao cavaleiro;
– num ente composto e, portanto, no homem, não existe só uma forma substancial, mas uma pluralidade de formas, e nisso não vai a mão de Agostinho, mas o influxo de Avicena, como o demonstrou Gilson (particularmente nos estudos: Les Sources Greco-arabes de L’augus-tinisme Avicennisant, Paris, Vrin, 1981, e Avicenne en occident au Moyen Age, in Études Médiévales, Paris: Vrin, 1983);
– ao criar o mundo material, Deus nele colocou as formas seminais de todas as coisas, rationes seminales;
– os próprios entes imateriais criados, os anjos, são compostos de matéria e forma.
Fonte: http://www.hottopos.com/videtur15/ruy.htm (26-Mar-2009)

Em suma,
São Boaventura é sobretudo teólogo e pensador cristocêntrico. Jesus Cristo para ele é o mestre de todos, o meio de todas as ciências. E como os filósofos pagãos não conheceram Jesus Cristo, a porta da verdade está fechada para eles, ostium est eis clausum (3ª Conferência sobre o Hexaêmeron, 4). Estou com A.D. Sertillanges, em sua genial obra Le christianisme et les philosophies. (2e. Édition, T.I, Paris, Aubier, p. 360-5).
São Boaventura foi um grande filósofo, pessoalmente, por ter construído um monumento doutrinal completo e notável, a partir dos princípios de ser e do saber, tal como ele os compreendia, isto é, em ligação com o sobrenatural e em função da fé. Soube unificar o saber e interpretar o real. Todavia, a “filosofia bonaventuriana não é, no sentido próprio do termo, uma filosofia. Antes, é uma sabedoria teológica e mística.”

Quando o líder secular Willian de Santo Aurmour escreveu "Os perigos dos últimos tempos", Boaventura respondeu publicando "Preocupado com a pobreza de Cristo" um tratado da santa pobreza.
O Papa Alexandre IV denunciou Willian e ordenou o término dos ataques aos frades mendicantes. Assim a ordem dos mendicantes foi re-estabelecida em Paris, e São Boaventura e São Tomas de Aquino receberam em 1257 seus doutoramentos em teologia.
Naquele mesmo ano, quando tinha apenas 36 anos Boaventura foi eleito Ministro Geral dos Franciscanos. Nesta posição ele se defrontou com uma tarefa difícil, porque ele pensava que São Francisco de Assis havia estabelecido um ideal incomparável para a Ordem, mas a sua organização era fraca e desde a sua morte, um grande número de diferentes grupos tinham surgido.
No seu quartel general em Narbone, em 1260 São Boaventura desenvolveu um jogo de regras que se tornou a Constituição da Ordem, por isto é que ele é chamado de "o segundo fundador dos franciscanos".

Em aditamento aos seus trabalhos de teologia e filosofia Boaventura deixou tratados de ascéticos, alguns dos quais foram traduzidos para o inglês por ele próprio, inclusive a "Jornada das almas para Deus".
Entre os seus trabalhos estão: "Comentários das sentenças de São Pedro"(que cobre um amplo campo da teologia escolástica) Os trabalhos místicos de Breviloquium, o "Itinerarium mentis ad Deum", "De reductione artium theologium", a "Perfeição da Vida" (escrito para a Beata Isabel, irmã de São Luís IX e seu Convento das Clarissas Pobres) "Soliloquy", vários comentários bíblicos de sermões.
Fonte: http://www.cademeusanto.com.br/sao_boaventura.htm (26-Mar-2009)

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